O esquema de rachadinha foi denunciado por ex-funcionárias de Davi Alcolumbre e teria acontecido entre janeiro de 2016 e março deste ano.| Foto: Pedro França/Agência Senado
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O senador Davi Alcolumbre (DEM-AP) teria desviado cerca de R$ 2 milhões de reais nos últimos cinco anos em um esquema de rachadinha dentro do seu gabinete. A denúncia é matéria de capa da revista Veja, que detalha o recolhimento de parte do salário de pessoas nomeadas para trabalhar com o parlamentar no Congresso. A prática foi denunciada por seis ex-funcionárias do senador e teria acontecido entre janeiro de 2016 e março deste ano, inclusive durante o período em que Alcolumbre ocupou a presidência do Senado. Ele se defende, afirmando que as denúncias são motivadas por questão política.

Segundo a publicação, pessoas de confiança de Alcolumbre recolhiam até 90% do salário das seis assessoras, que recebiam na época entre R$ 4 mil a R$ 14 mil, além de benefícios e verbas rescisórias. Elas eram orientadas a abrir uma conta e entregar os cartões e as senhas. O saque integral dos valores acontecia logo após o pagamento em um caixa eletrônico localizado a 200 metros do gabinete do senador.

“O senador me disse assim: Eu te ajudo e você me ajuda”. Eu estava desempregada. Meu salário era de mais de R$ 14 mil (no gabinete), mas topei receber apenas R$ 1.350. A única orientação era para que eu não dissesse para ninguém que tinha sido contratada no Senado”, relatou uma das denunciantes.

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Procurado pela reportagem da revista, Alcolumbre afirmou que, nesse período, se concentrava nas atividades legislativas e que as questões administrativas ficavam sob responsabilidade do seu ex-chefe de gabinete, Paulo Bouden, exonerado em 2020. Ele disse ainda que não se lembra das assessoras citadas na reportagem.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]