Segundo Castro, houve um desfalque de mais de R$ 350 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e, desde que tomou posse, "instaurou diversas auditorias”.
Segundo Castro, houve um desfalque de mais de R$ 350 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e, desde que tomou posse, “instaurou diversas auditorias”.| Foto: Fernando Rocha / Senado Federal

Em carta aberta, divulgada nesta terça-feira (3), o ex-presidente da Agência Nacional do Cinema (Ancine), Christian de Castro, afirma que foi afastado do cargo por ter investigado irregularidades em gestões anteriores. Segundo ele, houve um desfalque de mais de R$ 350 milhões do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e, desde que tomou posse, em janeiro de 2018, "instaurou diversas auditorias" para apurar isso. No entanto, antes de finalizar as investigações foi surpreendido por uma operação da Polícia Federal. "Não tenho dúvidas de que a autoridade que determinou tais medidas foi induzida a erro para se alcançar o objetivo final, materializado na última sexta-feira, quando fui afastado da Ancine", escreveu. Antes de Castro, a Ancine foi comandada por Manoel Rangel, entre 2006 e 2017, publicou O Globo. No MPF, o ex-presidente responde a um processo por associação criminosa. Pela investigação, ele e mais sete pessoas teriam atuado com o objetivo de danificar a imagem de outros diretores da Ancine que concorriam à vaga de presidente, abrindo margem para que Christian fosse eleito.