José Serra
O senador José Serra| Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, retirou da primeira instância e remeteu à Corte a investigação sobre suposto repasse de R$ 5 milhões em caixa dois para a campanha de José Serra (PSDB-SP) em 2014. A suspeita levou o tucano a ser alvo da Operação Paralelo 23, deflagrada pela PF no final de julho com base em delação de Elon Gomes, empresário ligado à Qualicorp, que relatou repasses milionários para turbinar a campanha de Serra ao Senado naquele ano. A defesa do tucano recorreu alegando que a Justiça Eleitoral autorizou diligências relacionadas a fatos e acontecimentos posteriores às eleições de 2014, com informações relativas ao atual mandato, protegido por foro. De acordo com Gilmar, "uma vez que a investigação avançou sobre crimes praticados" por Serra no exercício de seu mandato como senador, cabe à Justiça Eleitoral de primeira instância remeter todos os procedimentos instaurados contra o tucano ao STF, "com o encaminhamento imediato à Procuradoria-Geral da República, para as providências cabíveis, ante o risco de prescrição". Os crimes imputados a Serra prescrevem na próxima terça (8).