Glenn Greenwald vai à CCJ do Senado
Glenn Greenwald na CCJ do Senado fala sobre supostos diálogos de Sérgio Moro.| Foto: Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

Durante entrevista ao programa Roda Viva, Glenn Greenwald afirma que não há uma estratégia de divulgação conforme o “timing político”, ou seja, conforme um melhor momento político para novas publicações de supostas mensagens trocadas entre autoridades. Para ele, essa era uma estratégia da Lava Jato e da Polícia Federal. Ele utiliza como argumento o fato de ter compartilhado as mensagens com outros veículos. “Chamamos oito, nove, dez veículos com o mesmo acesso que nós, e estamos negociando com outro veículos”, disse. Ele afirma que a estratégia é inédita: "Quando jornalistas têm material com exclusividade, não compartilham para outros para terem acesso ao arquivo".

Durante a entrevista no Roda Viva, Glenn Greenwald ainda citou o trabalho da Veja como “prova” de que o compartilhamento não seria apenas com veículos com linha editorial contrária ao governo Bolsonaro e ao ex-juiz federal Sergio Moro. “Não houve veículo mais importante que a Veja para construir a imagem de Moro como um super-herói. A Veja é associada à direita e publicaram carta aos leitores admitindo que colocou ele na capa seis, sete vezes e reconhecendo o erro”.