Ministério da Saúde
Fachada do Ministério da Saúde na Esplanada dos Ministérios, em Brasília.| Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Uma troca de emails entre integrantes do Ministério da Saúde e da Precisa Medicamentos, representante no Brasil da vacina Covaxin, mostra que o governo admitiu que o prazo de envio dos imunizantes estava estourado.

Em uma dessas conversas, diz o jornal, de 22 de março, a mensagem se dirigiu ao fiscal do contrato entre Ministério da Saúde e Precisa sobre embarque da primeira parcela da vacina. Quatro dias antes, relata o jornal, ao receber a documentação, a pasta já relatou que “a entrega da 1ª parcela encontra-se com atraso de cinco dias até a presente data”.

O primeiro lote de 4 milhões da Covaxin deveria ser entregue em até 20 dias após a assinatura do contrato, em 25 de fevereiro, com a chegada dos primeiros lotes em 17 de março. Depois, 20 milhões de doses até 6 de maio. No entanto, até o momento, o Brasil não recebeu as vacinas da Covaxin.

O Ministério Público Federal (MPF) apura indícios de irregularidades e quebra de cláusulas de contrato com a Precisa Medicamentos. O pagamento de R$ 1,6 bilhão por 20 milhões de doses fez com que a vacina indiana fosse a mais cara adquirida pelo governo.