João Otávio de Noronha, presidente do STJ.
O presidente do STJ, João Otávio de Noronha.| Foto: Rafael Luz/STJ

Em live promovida pelo Instituto de Garantias Penais (IGP), o presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro João Otávio de Noronha, afirmou que "valores que pautam o sistema jurídico" não estão sendo adequadamente balanceados no país – e que, por isso, o processo penal brasileiro está sendo "deformado". "Hoje é melhor matar do que ser corrupto. Corrupção está dando 25, 26 anos [de prisão]. Homicídio tem dado 12, 14, 16. Isso é um absurdo", disse Noronha. O ministro também afirmou que há, por parte das autoridades, uma "sanha em prender", mas não em apurar. Ele criticou, ainda, o uso de prisões preventivas, no âmbito de investigações como a operação Lava Jato. "Não pode prender porque pode fugir, todo mundo pode fugir. Não pode prender porque tem um avião, em tese o rico vai ser prejudicado, todos podem alugar um avião e viajar. É preciso que se aponte em concreto os indícios que justifiquem a prisão", defendeu.