Ministro Gilmar Mendes disse que o Exército é cúmplice de um "genocídio" no Brasil por causa da alta mortalidade do novo coronavírus.
Gilmar Mendes, ministro do STF.| Foto: Nelson Jr./STF

As declarações do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes durante o julgamento sobre a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro na terça (9) na Segunda Turma repercutiram no meio jurídico. Durante a votação o ministro atacou os principais redutos da operação Lava Jato, a 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba e a 7ª Vara Criminal Federal do Rio.

"A tal 7ª Vara do Rio de Janeiro, não sei porque o escândalo ainda não veio à tona, mas o que se fala em torno dessa Vara também é de corar frade de pedra", disse Gilmar Mendes. O magistrado também defendeu mudanças na Justiça Federal que, em sua avaliação, "está vivendo uma imensa crise a partir deste fenômeno de Curitiba, que se nacionalizou".

Em nota, a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) classificou como "inadmissível que a instituição Justiça Federal seja atacada de forma genérica e agressiva por qualquer pessoa, sobretudo por um Ministro do Supremo Tribunal Federal em uma sessão de julgamento da corte".

Em outro trecho, a entidade diz que "não concorda com ilações desprovidas de qualquer elemento de prova contra Juízes Federais que atuam em outros processos, estranhos ao que estava sendo analisado pela 2ª Turma da Suprema Corte".