O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula aguarda julgamento de um pedido de suspeição contra Sergio Moro que pode resultar em sua libertação.| Foto: Ricardo Stuckert

Um manifesto assinado por 17 juristas estrangeiros pede ao STF (Supremo Tribunal Federal) que liberte o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e anule suas condenações. A carta é intitulada "Lula não foi julgado, foi vítima de uma perseguição política". Ao citar as supostas conversas reveladas pelo site The Intercept Brasil, os juristas se dizem chocados pela falta de "respeito ao devido processo legal". Em seguida, os signatários criticam o ex-juiz Sergio Moro, que "não só conduziu o processo de forma parcial, como comandou a acusação desde o início. Manipulou os mecanismos da delação premiada, orientou o trabalho do Ministério Público, exigiu a substituição de uma procuradora com a qual não estava satisfeito e dirigiu a estratégia de comunicação da acusação", escrevem os juristas.

Entre os signatários estão Pablo Cáceres, ex-presidente da Suprema Corte de Justiça da Colômbia, Diego Valadés, ex-juiz da Suprema Corte de Justiça do México e ex-procurador-geral da República, o ex-juiz espanhol Baltasar Garzón, que condenou o ex-ditador chileno Augusto Pinochet por crimes contra a humanidade, Alberto Costa, ex-ministro da Justiça de Portugal, e Herta Daubler-Gmelin, ex-ministra da Justiça da Alemanha.