Sérgio Cabral foi condenado a mais de 300 anos de prisão em processos abertos a partir de investigações da Lava Jato.
Sérgio Cabral foi condenado a mais de 300 anos de prisão em processos abertos a partir de investigações da Lava Jato.| Foto: Alexandre Mazzo/Gazeta do Povo

O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou conceder ao ex-governador do Rio, Sérgio Cabral, acesso às mensagens obtidas na Operação Spoofing. Depois que o ministro determinou o compartilhamento do material com os advogados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a defesa de Cabral, condenado a mais de 300 anos de prisão em processos abertos a partir de investigações da Lava Jato, entrou com um pedido na tentativa de conseguir a extensão do benefício. O ex-presidente da Eletronuclear, Othon Luiz Pinheiro da Silva, também embarcou no movimento e formalizou um requerimento. Na avaliação de Lewandowski, no entanto, como a ordem que beneficiou Lula prevê acesso apenas a mensagens relacionadas aos processos e investigações envolvendo o petista, não pode ser estendida a terceiros sem relação direta com os casos. Para isso Sérgio Cabral e Othon Silva precisariam demonstrar semelhança entre seus casos e o do ex-presidente - o que, na avaliação do ministro, não ficou evidenciado.