Lula
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva| Foto: Miguel Schincariol/AFP

Um grupo de sete procuradores, entre eles integrantes e ex-membros da operação Lava Jato, enviou ao ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), um pedido de reconsideração das decisões que garantiram à defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva acesso ao material apreendido na Operação Spoofing - investigação que mira grupo de hackers que invadiu celulares de autoridades.

O grupo é formado pelo ex-chefe da força-tarefa em Curitiba Deltan Dallagnol, além der Januário Paludo, Laura Gonçalves Tessler, Orlando Martello Júnior, Júlio Carlos Motta, Paulo Roberto Galvão de Carvalho, Athayde Ribeiro Costa.

Caso Lewandowski não reconsidere, os procuradores pedem ainda que o tema seja incluído na pauta do Plenário do Supremo. O grupo quer que a corte declare todo o acerco da Spoofing "como prova ilícita e imprestável para fins de compartilhamento, sendo sua utilização proibida".

Lewandowski autorizou na segunda (25) que a defesa de Lula tenha acesso à íntegra do material apreendido. Um dos temores de investigadores, no entanto, é de que Lula utilize o material para turbinar a ação em que acusa Sergio Moro de agir com parcialidade ao condená-lo no caso do tríplex do Guarujá (SP). A análise do caso ainda não foi concluída pela Segunda Turma do STF.