Procurador-geral Augusto Aras tem feito críticas à atuação da força-tarefa da Lava Jato.
Procurador-geral da República, Augusto Aras.| Foto: Roberto Jayme/TSE

Cinco membros do Conselho Superior do Ministério Público Federal acionaram nesta segunda-feira (23) o Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir que um pedido de investigação contra o procurador-geral da República, Augusto Aras, seja analisado pelo colegiado. Os subprocuradores afirmam que está em curso uma "manobra" para impedir o Conselho de analisar a representação criminal contra Aras. A informação foi divulgada pelo Estadão.

O Conselho Superior do MPF recebeu um pedido de investigação enviado por um grupo de subprocuradores aposentados que acusam Aras de prevaricação em favor do presidente Jair Bolsonaro. No entanto, os conselheiros afirmam que a cúpula da PGR "interceptou" um despacho do vice-presidente do colegiado José Bonifácio de Andrada e "desviou" o processo para o gabinete de Aras.

A ação protocolada no Supremo é assinada por Andrada, e pelos conselheiros José Adonis Callou, Mario Bonsaglia, Nicolao Dino e Nívio de Freitas. Eles pedem que Aras e seus assessores diretos sejam impedidos de interferirem na tramitação processual da representação criminal. O caso será analisado pelo ministro Dias Toffoli.

Aras foi indicado por Bolsonaro para ser reconduzido ao cargo, e será sabatinado pelo Senado nesta terça-feira (24). Nesta segunda-feira, o ministro Alexandre de Moraes arquivou um pedido de investigação contra Aras apresentado por senadores. Os parlamentares também acusavam o PGR de suposto crime de prevaricação.