Alexandre de Moraes
Ministro do STF Alexandre de Moraes.| Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes concedeu, nesta quarta-feira (18), mais 10 dias de prazo para que a Polícia Federal conclua o relatório sobre mensagens obtidas a partir da quebra de sigilo do coronel Mauro Cid, ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro (PL). O inquérito investiga o suposto vazamento de dados sigilosos pelo presidente sobre a investigação de um ataque hacker contra o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2018.

No início deste mês, o ministro deu 15 dias para a PF analisar o material. Moraes avaliou que o material da quebra de sigilo é fundamental para a análise da PGR. "A Polícia Federal, ao concluir a investigação, encaminhou as mídias que contém o material obtido da quebra de sigilo telemático, não elaborando, entretanto, relatório específico da referida diligência, essencial para a completa análise dos elementos de prova pela Procuradoria-Geral da República", disse o ministro na decisão do último dia 3.

Em janeiro, um relatório da delegada da Polícia Federal Denisse Ribeiro concluiu que Bolsonaro cometeu crime ao divulgar documentos sobre a investigação do ataque ao TSE, mas não indiciou o presidente em razão do foro privilegiado. Pouco tempo depois a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu o arquivamento da ação.