O ex-ministro da Justiça Anderson Torres foi preso no dia 14 de janeiro, por suposta omissão nos atos de vandalismo do dia 8/01.
O ex-ministro da Justiça Anderson Torres foi preso no dia 14 de janeiro, por suposta omissão nos atos de vandalismo do dia 8/01.| Foto: Renato Alves/Agência Brasília.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, na noite dessa quarta-feira (12), um prazo de cinco dias para a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o pedido de liberdade feito pela defesa do ex-ministro da Justiça Anderson Torres.

Os advogados de Torres pediram ao STF, na última segunda-feira, que a prisão fosse substituída por medidas cautelares e afirmaram ao Supremo que Torres não oferece risco às investigações.

No pedido de soltura, a defesa também citou a situação da família de Anderson Torres. “Após a decretação da custódia cautelar do requerente, suas filhas, infelizmente, passaram a receber acompanhamento psicológico, com prejuízo de frequentarem regularmente a escola. Acresça-se a isso o fato de a genitora do requerente estar tratando um câncer. O postulante, de seu turno, ao passo que não vê as filhas desde a sua prisão preventiva, entrou em um estado de tristeza profunda, chora constantemente, mal se alimenta e já perdeu 12 quilos”, afirmam os advogados.

O ex-ministro foi preso preventivamente pela Polícia Federal no dia 14 de janeiro. Ele é acusado de ser um dos responsáveis pelos atos de depredação registrados na Praça dos Três Poderes e que não teria tomado medidas adequadas para impedir as invasões, por ser o ex-secretário de segurança do Distrito Federal.

Um dia depois das depredações, Torres divulgou uma nota afirmando que as invasões foram uma “insanidade coletiva”. O ex-secretário disse lamentar “profundamente que sejam levantadas hipóteses absurdas de qualquer tipo de conivência minha com as barbáries que assistimos. Estou certo de que esse execrável episódio será totalmente esclarecido, e seus responsáveis exemplarmente punidos”.