O ex-ministro da Justiça e presidenciável Sergio Moro (Podemos) criticou a nova troca de comando na Petrobras e afirmou que a mudança se trata de uma cortina de fumaça.| Foto: Saulo Rolim/Podemos
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O ex-ministro da Justiça e presidenciável Sergio Moro (Podemos) criticou a nova troca de comando na Petrobras e afirmou que a mudança se trata de uma cortina de fumaça para fingir que o governo federal está fazendo alguma coisa para baixar o preço dos combustíveis. “O que o novo presidente da Petrobras irá fazer de diferente em relação ao atual?”, questionou o ex-juiz. A declaração foi dada nesta terça-feira (29) durante entrevista na Associação Comercial do Rio de Janeiro.

“O primeiro presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, era um grande executivo. Desde então tem havido trocas. E essas trocas são muito mal explicadas. O que se pretende com elas? Isso gera instabilidade no mercado de combustíveis pelo gigantismo da Petrobras. Isso acaba levando a uma desvalorização das ações e como principal titular é o governo brasileiro, quem perde é o brasileiro com essas interferências. Isso gera desconfiança do investidor externo”, disse Moro.

Segundo ele, a mudança não se justifica e uma eventual redução nos preços dos combustíveis passaria por outras reformas e a retomada do crescimento econômico no país, com o controle da inflação. “Não é apenas a gasolina ou o diesel que subiram. Se nós formos ao supermercado vamos ver uma grande inflação dos alimentos. Então o que é preciso sim é começar a levar a sério. É possível sim reduzir a tributação sobre combustíveis e energia no país, porque isso impacta não só o consumo, mas a produtividade das nossas empresas, da nossa economia. É preciso investir em infraestrutura de distribuição de combustíveis. Assim a gente consegue avançar”, afirmou o pré-candidato.

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“Agora pirotecnia? A meu ver essa troca do presidente da Petrobras é uma verdadeira cortina de fumaça para fingir que está sendo feito alguma coisa quando na verdade não está sendo feito nada”, concluiu.