Policiais carregam um dos caixões trazidos pelo avião da PF à Brasília com restos mortais encontrados durante as buscas por Dom Philips e Bruno Araújo.
Policiais carregam um dos caixões trazidos pelo avião da PF à Brasília com restos mortais encontrados durante as buscas por Dom Philips e Bruno Araújo.| Foto: Joédson Alves/EFE

As investigações sobre a morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips identificaram mais cinco pessoas que teriam ajudado a enterrar os dois corpos na mata, de acordo com informações do site G1. Os nomes destes outros cinco suspeitos não foram divulgados pela polícia, mas, caso eles sejam presos, responderão pelo crime de ocultação de cadáver.

Até o momento, três suspeitos estão presos: Amarildo da Costa de Oliveira, o “Pelado”; seu irmão Oseney da Costa de Oliveira, o “Dos Santos”; e Jeferson da Silva Lima, o “Pelado da Dinha” – este último era considerado foragido, mas se entregou na manhã de sábado; os irmãos confessaram o crime. Os três estão com prisão temporária decretada. Segundo o jornal O Estado de S.Paulo, “Pelado” se disse arrependido; ele seria parte de um esquema de pesca ilegal e venda de peixes chefiado por “Colômbia”, um peruano com dupla cidadania e casado com uma brasileira – seu nome real é desconhecido, e a polícia acredita que ele também tenha envolvimento com o narcotráfico na região amazônica.

“Pelado”, que fora denunciado por Pereira em dossiês entregues às autoridades federais em abril, era conhecido por disparar contra indígenas que tentavam defender suas terras – a proteção dos índios mais isolados era uma das prioridades do indigenista, que havia se licenciado da Funai e trabalhava como consultor da União dos Povos Indígenas do Vale do Javari, recebendo ameaças de morte após denunciar a exploração ilegal de recursos naturais na região.