Documento de comissão do governo diverge de Bolsonaro sobre morte de Fernando Santa Cruz, pai de presidente da OAB.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Vinculada ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos retificou, na última semana, o atestado de óbito de Fernando Santa Cruz, na semana passada, na qual reconhece que sua morte ocorreu "em razão de morte não natural, violenta, causada pelo Estado Brasileiro".

A retificação foi emitida apenas cinco dias antes de o presidente Jair Bolsonaro atacar o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz, e colocar em dúvida a versão de que seu pai, Fernando Santa Cruz, foi morto pelas Forças Armadas.

Atestado sobre Fernando Santa Cruz

"Conforme reconhecido às páginas 1.601/1.607, do Volume III, do Relatório Final da Comissão Nacional da Verdade, instituída pela Lei n° 12.528, de 18 de novembro de 2011, faleceu provavelmente no dia 23 de fevereiro de 1974, no Rio de Janeiro/RJ, em razão de morte não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro, no contexto da perseguição sistemática e generalizada à população identificada como opositora política ao regime ditatorial de 1964 a 1985", diz o documento.

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