Ricardo Salles
Ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles| Foto: Sergio Lima/AFP

O subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado enviou representação ao Tribunal de Contas da União pedindo que a corte analise possível "ato de gestão ilegal" do ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles. O ato é decorrente, segundo o procurador, de "ingerência indevida" a favor de alvos da Operação Handroanthus - GLO, aberta pela Polícia Federal do Amazonas para investigar extração ilegal de madeira na Amazônia.

Furtado ainda apresentou um pedido de medida cautelar, para que a corte de contas determine à Casa Civil da Presidência da República que afaste temporariamente Salles, até que haja deliberação sobre o caso.

O subprocurador-geral alega que a manutenção de Salles à frente da pasta "pode retardar ou dificultar a realização da apuração dos fatos, causar novos danos ao meio ambiente (patrimônio público), interferir indevidamente na Operação bem como inviabilizar a cobrança das multas decorrente de infrações ambientais". A representação foi encaminhada ao TCU nesta quinta-feira (15), na esteira da notícia-crime enviada pelo chefe da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Saraiva, ao Supremo Tribunal Federal.