O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
O ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva| Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, admitiu na última sexta-feira (2) as dificuldades do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o Congresso Nacional. O chefe da pasta afirmou que o Planalto busca melhorar a articulação com a Câmara e com o Senado.

“Vamos sempre trabalhar para melhorar [a articulação]. O que não muda é a disposição do diálogo. Esse é um governo que não cria conflito e que não cria guerras desnecessárias, como era feito pelo governo anterior [de Jair Bolsonaro (PL)]”, avaliou Padilha.

O movimento estratégico ocorre depois que o governo ficou no limite de sofrer uma derrota histórica na votação da medida provisória que tratava da reestruturação da Esplanada dos Ministérios no Congresso. A MP perderia a validade ainda nesta quinta-feira (1º), caso não fosse aprovada pelos plenários da Câmara e do Senado.

No caso dos deputados, o texto só foi analisado depois que Lula negociou por telefone um acordo com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL). Após a conversa, o petista determinou que os ministérios das Relações Institucionais e da Casa Civil acelerassem as liberações de emendas e das nomeações de aliados em cargos de segundo e terceiro escalão do Executivo.

Para conseguir votar a MP da Esplanada no plenário da Câmara, Lula fez uma liberação de R$ 1,74 bilhão em emendas parlamentares. O montante é o maior já liberado em um único dia pelo Palácio do Planalto desde o início do governo petista. Com a nova liberação, o governo já empenhou R$ 4,9 bilhões em emendas parlamentares desde o início do ano. O texto foi aprovado por 337 votos dos deputados.