regulamento do Exército
Pazuello com Bolsonaro em ato político no Rio de Janeiro, em 23 de maio.| Foto: Alan Santos/PR

Quatro partidos de oposição (PT, PCdoB, Psol e PDT) acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar suspender o ato do Exército que impôs sigilo de 100 anos sobre o procedimento administrativo disciplinar instaurado contra o general Eduardo Pazuello. O ex-ministro da Saúde foi alvo de investigação interna em razão de participação em ato político ao lado do presidente Jair Bolsonaro, o que é proibido pelas normas militares. A ação foi distribuída para relatoria da ministra Cármen Lúcia.

No dia 23 de maio, no Rio de Janeiro, Pazuello subiu em um carro de som com Bolsonaro e cumprimentou apoiadores do presidente. Alinhado ao desejo de Bolsonaro, o comandante-geral do Exército, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, livrou o general da ativa de punição.

Na ação apresentada ao Supremo, os partidos de oposição alegam que o acesso ao procedimento é de interesse público, por se tratar de "ato político praticado por militar da ativa", e o "sigilo significa uma grave afronta à democracia".