Os contratos sob investigação totalizaram um pagamento de R$ 880 milhões para essas companhias desde 2010. Desse valor, aproximadamente R$ 130 milhões foram superfaturados.| Foto: Arquivo/Gazeta do Povo
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A Polícia Federal realiza na manhã desta terça-feira (7) uma operação como parte das investigações envolvendo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), que apuram o pagamento de propinas e o superfaturamento na impressão das provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). A ação é feita com conjunto com a Controladoria-Gera da União (CGU). Segundo a investigação, as fraudes ocorreram entre 2010 e 2019.

No total, 127 policiais federais e 13 auditores da CGU cumprem 41 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, São Paulo e Rio de Janeiro. Também foram bloqueados R$ 130 milhões das empresas e pessoas físicas envolvidas no esquema.

Segundo informações da Polícia Federal, entre os anos de 2010 e 2018, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) contratou para realização do Enem, sem observar as normas de inexigência de licitação, uma empresa que recebeu o total de R$ 728,6 milhões dos cofres públicos ao longo desde período. Ficou constatado o envolvimento de alguns servidores do órgão com diretores da companhia contratada.

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Os contratos sob investigação totalizaram um pagamento de R$ 880 milhões para essas empresas desde 2010. Desse valor, aproximadamente R$ 130 milhões foram superfaturados com o objetivo de pagar "comissões" para membros da organização criminosa, formada por empresários, funcionários das companhias envolvidas e servidores públicos. Alguns dos servidores do Inep que participaram do esquema tiveram um enriquecimento ilícito de R$ 5 milhões durante o período.

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