Procurador-geral da República, Augusto Aras
O procurador-geral da República, Augusto Aras.| Foto: Rosinei Coutinho/STF

A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou nesta segunda-feira (20) já ter determinado "a adoção de providências no sentido de contribuir para assegurar a proteção" dos diretores da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que têm recebido ameaças de pessoas contrárias à vacinação de crianças contra a Covid-19.

No domingo (19), o presidente da Anvisa, Antônio Barra Torres, enviou um ofício à Polícia Federal, ao Ministério da Justiça e à PGR relatando ameaças de morte contra servidores do órgão. Nele, o dirigente reitera pedidos de proteção policial para os membros da agência, a exemplo do que já havia sido feito em novembro, quando as primeiras ameaças foram registradas.

As ameaças voltaram a ocorrer após decisão da Anvisa de autorizar a aplicação da vacina da Pfizer contra Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos, na última quinta-feira (16). "O crescimento das ameaças faz com que novas investigações sejam necessárias para identificar os autores e apurar responsabilidades", explicou a Anvisa.

No ofício em resposta, a PGR informou que "as comunicações anteriores acerca de situações assemelhadas foram diligentemente tratadas por membros do Ministério Público Federal no Distrito Federal e no Paraná [primeira instância], que contam, no tema, com o zeloso trabalho da Polícia Federal". Hoje, a PF anunciou que abriu um inquérito para investigar as ameaças.

A PGR acrescentou que até o momento os procuradores da primeira instância não encontraram indícios do envolvimento de pessoas com prerrogativa de foro, o que jogaria o caso para a instância superior, que é a própria PGR. Com informações da Agência Brasil.