Senadores da CPI da Covid entregam o relatório final da comissão para o procurador-geral da República, Augusto Aras, no dia 27 de outubro.
Senadores da CPI da Covid entregam o relatório final da comissão para o procurador-geral da República, Augusto Aras, no dia 27 de outubro.| Foto: Antonio Augusto/Secom/MPF

A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou nesta quarta-feira (10) que só recebeu os documentos sigilosos da CPI da Covid ontem e por isso somente agora vai começar a análise do material completo. A PGR é a responsável por determinar medidas, a partir do relatório final da comissão, sobre investigações relacionadas a autoridades com foro privilegiado que foram indiciadas, como o presidente Jair Bolsonaro.

"O lapso temporal entre a entrega simbólica do relatório, ocorrida no último dia 27, e o recebimento das mídias deve-se a dificuldades operacionais decorrentes do volume do material (aproximadamente 4 terabytes) e da necessidade de se observar os protocolos institucionais que visam assegurar a cadeia de custódia, fundamental à validade jurídica das informações", disse a PGR em nota.

Segundo o órgão, a partir da análise dos dados "decorrerão eventuais pedidos de diligências e demais providências cabíveis em relação a todos os fatos apontados e indiciamentos sugeridos pelos parlamentares". Após receber o relatório dos senadores, o procurador-geral da República, Augusto Aras, deu início a uma apuração preliminar e formou uma equipe para analisar todo o conteúdo enviado pela CPI.