Presidente da Câmara, Rodrigo Maia, cortou o benefício do auxílio-mudança para deputados reeleitos com dois anos de atraso.
Segundo a PGR, não há provas suficientes para apresentar denúncias contra Rodrigo e Cesar Maia.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Contrariando relatório da Polícia Federal, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu ao Superior Tribunal Federal (STF) o arquivamento do inquérito que investigava pagamentos da empreiteira Odebrecht ao ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) e também seu pai, o vereador Cesar Maia (DEM-RJ). Segundo a PGR, não há provas suficientes para apresentar denúncias contra os dois. O inquérito ficou mais de um ano na gaveta do órgão. As informações são do jornal O Globo.

De acordo com a subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, há registro de pagamentos de caixa dois envolvendo os políticos no sistema de contabilidade paralelo da Odebrecht, porém, não foi possível comprovar se houve ou não a entrega do dinheiro. “Apesar de a narrativa dos colaboradores apontar para a prática dos crimes de corrupção passiva, de lavagem de dinheiro e de falsidade ideológica eleitoral, não foi possível identificar outros elementos probatórios aptos a corroborar o que foi narrado pelos colaboradores. Muito embora haja pontos dos autos que não foram devidamente esclarecidos, como a existência de lançamentos nos sistemas de contabilidade paralela da Odebrecht envolvendo Rodrigo Maia e Cesar Maia, não foram coletados nestes autos elementos de prova que confirmem a efetiva entrega dos numerários ali apontados", afirmou a PGR.