O governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.
O governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta terça-feira (10) ao Supremo Tribunal Federal (STF) abertura de inquérito para investigar o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), e do ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres. De acordo com a procuradoria, a investigação pretende apurar a conduta dos envolvidos durante os atos de vandalismo neste domingo (8) contra o Congresso, o Palácio do Planalto e a Suprema Corte.

O pedido de investigação também foi solicitado contra o ex-comandante da Polícia Militar Fábio Augusto Vieira e o ex-secretário interino da Segurança Pública, Fernando de Sousa Oliveira. No documento, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, afirmou que "há indícios graves do possível envolvimento do Governador do Distrito Federal e de seus Secretários (titular e interino), bem assim do Comandante Geral da Polícia Militar, em verdadeiro atentado ao Estado Democrático de Direito".

Citando informações divulgadas pela imprensa, Lindôra disse que autoridades da segurança pública do DF tinham conhecimento da chegada dos manifestantes ao Setor Militar Urbano (SMU), onde está localizado o quartel do Exército, no sábado (7), e permitiu que policiais os escoltassem até a Esplanada dos Ministérios, que foi liberada para os protestos.

A PGR encaminhou o pedido para o gabinete do ministro Alexandre de Moraes no âmbito do inquérito que investiga atos antidemocráticos. Lindôra ainda considerou que apesar de Ibaneis ter foro junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), "é possível que ele tenha agido em concurso de pessoas com outras autoridades com foro no Supremo Tribunal Federal", o que atrairia a competência do caso para o STF.

Após a invasão da Praça dos Três Poderes, Ibaneis Rocha foi afastado do cargo por decisão do ministro Alexandre de Moraes. Mais cedo, Moraes determinou a prisão de Anderson Torres e do ex-comandante Fábio Augusto Vieira. Com informações da Agência Brasil.