Vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018.
Vereadora Marielle Franco, assassinada em março de 2018.| Foto: Renan Olaz/Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro

Acusado do assassinato da vereadora Marielle Franco, em 2018, o policial miltar reformado Ronnie Lessa foi condenado pela Justiça do Rio de Janeiro por ter destruído provas do crime com o objetivo de dificultar as investigações sobre o caso. A pena é de quatro anos e seis meses de prisão.

Outras quatro pessoas foram condenadas juntamente com Lessa. Entre eles, a mulher dele, Elaine Lessa, e um cunhado do policial reformado, Bruno Figueiredo. De acordo com a Justiça, o grupo atuou para retirar armas escondidas por Lessa em um apartamento no bairro da Pechincha, na capital fluminense, e destruí-las. "Trata-se de grupo muito bem estruturado, ordenado com divisão de tarefas, para impedir e embaraçar as investigações em andamento, sendo suficiente as provas acostadas aos autos, o relatório policial e os depoimentos prestados para apontar a participação de todos os acusados, de forma estável, na prática do crime previsto no art. 2º, § 1º da Lei 12850/13", afirmou, em sua sentença, o juiz Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, da 19ª Vara Criminal do Rio de Janeiro.

Ronnie Lessa já está preso por seu envolvimento no assassinato de Marielle Franco. Ele e o ex-policial militar Élcio Queiroz, seu comparsa, permanecem na penitenciária de segurança máxima de Porto Velho (RO) enquanto aguardam julgamento pela acusação de assassinato da vereadora e do motorista Anderson Gomes.