Plenário do Senado Federal
Plenário do Senado Federal| Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senad

O parecer do projeto apresentado nesta quinta-feira (30) pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), para socorrer Estados e municípios durante a pandemia da Covid-19 traz mudanças permanentes na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). De acordo com o texto, o presidente da República, governadores e prefeitos não poderão aumentar despesas com o funcionalismo público nos seis meses anteriores ao fim do mandato, ou seja, no período em que podem concorrer à reeleição e usar o reajuste para fazer campanha. Atos que tragam parcelas de reajustes a serem implementadas no mandato seguinte também estarão vetadas. Nesse período de fim da gestão, o Judiciário, o Ministério Público e os órgãos do Legislativo também ficarão proibidos de mudar as regras para conceder aumentos em seus próprios salários e também de seus servidores. Pela mesma proposta, Estados e municípios poderão renegociar as dívidas que foram parar na Justiça, adiando o pagamento para 2022. Prefeitos e governadores, porém, terão que abrir mão do direito que fundamentou o questionamento judicial. Até sábado (2), para quando foi convocada a votação, as alterações ainda serão discutidas antes da votação.