Pai do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), era um dos denunciados no processo do Quadrilhão do PP.
Pai do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), era um dos denunciados no processo do Quadrilhão do PP.| Foto: Agência Câmara

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) arquivar a denúncia de organização criminosa oferecida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), e outros três parlamentares no caso conhecido como "Quadrilhão do PP", a Justiça Federal do Distrito Federal seguiu o mesmo caminho e rejeitou as acusações contra os demais denunciados sem foro privilegiado. Com isso, o caso foi encerrado sem abertura de qualquer ação penal.

Na decisão, tomada na segunda-feira (15), o juiz Frederico Botelho de Barros Viana, auxiliar da 10ª Vara Federal do DF, livrou do processo o ex-senador Benedito de Lira, pai de Arthur Lira, e os ex-deputados Nelson Meurer, Luiz Fernando Ramos Faria e José Otávio Germano. O magistrado considerou que faltaram provas para corroborar a denúncia. "As alegações ofertadas na inicial acusatória não são acompanhadas por acervo probatório minimamente vigoroso para sustentar a existência do cometimento do crime", diz um trecho da sentença.

Na avaliação do juiz, as acusações se limitaram a relatos prestados em colaborações premiadas, como a do doleiro Alberto Youssef e a do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa, que ensejaram a abertura da investigação, e não avançaram em provas para demonstrar as versões dos delatores.

A denúncia do Quadrilhão do PP foi apresentada em setembro de 2017 pelo então procurador-geral Rodrigo Janot. Os políticos do Partido Progressista foram acusados de participação em um esquema de corrupção na Petrobras, revelado na Operação Lava Jato, que teria movimentado propinas milionárias ao núcleo do partido.