O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid.
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da CPI da Covid.| Foto: Pedro França/Agência Senado.

O vice-presidente da CPI da Covid do Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que a cúpula do colegiado "não tem direito" de se dividir no momento atual, em que a comissão caminha para o seu fim. "Se dividir na votação final, dar chancela às críticas, é inaceitável", afirmou, em entrevista coletiva à imprensa antes da reunião da comissão desta segunda-feira (18).

O grupo majoritário da CPI é formado por senadores que fazem oposição ao presidente Jair Bolsonaro. Eles haviam definido que a comissão encerraria seus trabalhos na semana atual, com a votação do relatório de Renan Calheiros (MDB-AL) na quarta-feira (20).

Mas divergências sobre o teor do texto de Renan provocaram impasse e fizeram a CPI a modificar sua agenda. O texto foi divulgado pela imprensa e motivou discordâncias sobre o número de indiciados e também sobre os crimes atribuídos a Bolsonaro.

Randolfe alegou que a decisão de adiar a votação do relatório foi "sobretudo técnica". Segundo ele, promover a votação do texto apenas um dia após a leitura poderia motivar questionamentos judiciais que poderiam culminar na nulidade do texto. O senador disse que as discordâncias dentro do grupo que comanda a CPI são "de forma, não de conteúdo".