Deslizamento de rocha em cânion da represa de Furnas, em Capitólio, atingiu duas lanchas neste sábado (8)
Ao menos duas embarcações com turistas foram atingidas| Foto: Reprodução/redes sociais

Um deslizamento em um cânion na represa de Furnas, em Capitólio (MG), fez com que um pedaço de rocha caísse sobre ao menos três lanchas com turistas a bordo na manhã deste sábado (8). Duas delas teriam afundado devido ao impacto. O acidente foi presenciado por pessoas que estavam em outras embarcações e um vídeo do momento já circula nas redes sociais. Sete mortes já teriam sido confirmadas. Outras quatro pessoas ainda não foram localizadas.

A chefe da Divisão de Medicina Legal do Interior da Polícia Civil de Minas Gerais, Marcela Sena Brava, informou que peritos já estão no local para auxiliar na liberação dos corpos. Eles serão encaminhados para o Instituto Médico Legal de Passos.

Conforme informações do Corpo de Bombeiros, as buscas seguirão durante a noite, mas apenas pela superfície do lago, pois os mergulhos seriam suspensos ao escurecer por conta dos riscos. Há 40 bombeiros e mergulhadores no local do acidente atuando nas buscas. Para a localização das vítimas desaparecidas estão sendo usadas as informações colhidas junto a familiares, agentes de turismo e testemunhas.

Ainda segundo informações dos bombeiros, cerca de 30 vítimas foram encaminhadas a hospitais da região, como a Santa Casa de Capitólio, Santa Casa de Piumhi, Santa Casa de Passos e Santa Casa de João da Barra. Ainda segundo o Corpo de Bombeiros, a maior parte das vítimas teve ferimentos leves e foi liberada após atendimento hospitalar.

A princípio, a causa do acidente estaria relacionada a uma "tromba d'água", que teria atingido as pedras e feito com que elas deslizassem em direção às lanchas de turistas. Na manhã deste sábado, a Defesa Civil de Minas Gerais havia emitido um alerta sobre as chuvas intensas previstas para a região de Capitólio e para a possibilidade de ocorrências de trombas ou cabeças d'água, que acontecem quando há o aumento rápido e repentino do nível de um rio ou fluxo de água.

Já a Marinha brasileira informou que irá abrir um inquérito para investigas as causas do desabamento. Através de uma nota divulgada pela assessoria de comunicação do Comando do 1º Distrito Naval, a Marinha diz ter tomado conhecimento do acidente no fim da manhã de sábado.

De acordo com o texto, a Delegacia Fluvial de Furnas deslocou imediatamente equipes de Busca e Salvamento para o local "a fim de prestar o apoio necessário às tripulações envolvidas no acidente, no transporte de feridos para a Santa Casa de Capitólio, e no auxílio aos outros órgãos atuando no local".

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo) lamentou o acidente em Capitólio. Nas redes sociais, o governador escreveu: “Sofremos hoje a dor de uma tragédia em nosso Estado, devido às fortes chuvas, que provocaram o desprendimento de um paredão de pedras no lago de Furnas, em Capitólio. O Governo de Minas está presente desde os primeiros momentos através da Defesa Civil e Corpo de Bombeiros”.

O prefeito de Capitólio também se manifestou sobre o acidente e disse que a cidade ficou em choque. "Estamos em estado de choque com esse acontecido, e somos solidários com as vítimas, feridos e os óbitos. Não foi uma tromba d'água, foi um deslocamento de pedra que atingiu algumas lanchas", disse em um vídeo publicado nas redes sociais.