O ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol (Podemos) recebeu uma notificação do Tribunal de Contas da União (TCU) com a cobrança de R$ 2,8 milhões.| Foto: Gazeta do Povo
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O ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol (Podemos) recebeu uma notificação do Tribunal de Contas da União (TCU) com a cobrança de R$ 2,8 milhões relativos a gastos realizados com passagens e diárias de procuradores durante a operação Lava Jato. Dallagnol publicou um vídeo na quarta-feira (24), nas redes sociais, afirmando que esse é o preço por se combater a corrupção no Brasil. Segundo o ex-procurador, o TCU quer colocar na sua conta os recursos investidos para se recuperar R$ 15 bilhões para a sociedade.

“Vou falar para vocês qual é o preço de combater a corrupção no Brasil. Meus advogados acabaram de me mandar uma notificação, um ofício do Tribunal de Contas, que quer colocar na minha conta, quer cobrar de mim e de outros procuradores da Lava Jato, o dinheiro que foi investido para recuperar R$ 15 bilhões para sociedade. Para recuperar isso, a gente trouxe procuradores especialistas de todo o país, pessoas especializadas em lavagem de dinheiro, em combate à corrupção para trabalhar aqui. Para isso, como qualquer empresa paga, foram pagas passagens aéreas para essas pessoas virem trabalhar, dinheiro para eles pagarem hotel, alimentação, como qualquer empresa pagaria”, declarou Dallagnol.

“E agora o ministro Bruno Dantas, que estava lá no jantar de lançamento da pré-candidatura do ex-presidiário, ex-presidente Lula, ele, que é apadrinhado de Renan Calheiros, manda esse ofício querendo botar na minha conta? A gente vai recorrer disso aqui, eu vou levar para a Justiça, para 1ª instância, porque a 1ª instância é uma instância técnica do judiciário. Então eu tenho a expectativa de que vai revisar. E ele (Dantas) querendo cobrar isso de mim que não sou administrador do Ministério Público, não mandei pagar diária, não recebi essas diárias, não autorizei, e ele deu um jeito de me incluir lá. O sistema reage, o sistema contra-ataca, o sistema quer parar você, mas se vocês querem me parar, eu não vou ser parado. Eu vou seguir em frente, eu não vou desistir do meu país. Eu amo o meu país, eu amo as pessoas do meu país. Eu quero reduzir o sofrimento humano causado pela corrupção e, para isso, eu vou lutar até o fim contra a corrupção e contra a impunidade”, afirmou o ex-procurador na gravação.

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