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Sede do Tribunal de Contas da União (TCU).| Foto: Divulgação/TCU.

O Tribunal de Contas da União (TCU) vai julgar nesta quarta-feira (23) o processo sobre o pagamento de diárias e passagens aos procuradores da operação Lava Jato em Curitiba. O Ministério Público junto à Corte considerou que poderiam ter sido usadas opções mais econômicas pela força-tarefa. Com isso, os auditores afirmam que o dano ao erário foi de R$ 2,2 milhões, ou até R$ 2,7 milhões em valores atualizados, entre 2014 e 2021.

O então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o ex-procurador-chefe do Paraná, João Vicente Romão, e o ex-coordenador da força-tarefa, Deltan Dallagnol, respondem ao processo solidariamente e podem ficar inelegíveis, informou a coluna Painel, da Folha de S.Paulo.

Deltan não está entre os cinco procuradores que teriam recebido o auxílio – e que, após o julgamento no TCU, podem ser obrigados a devolver o dinheiro aos cofres públicos. Contudo, ele foi citado por ser um dos responsáveis pela distribuição dos trabalhos entre os integrantes da força-tarefa.

O relator do caso é o ministro Bruno Dantas, que levou o processo para análise do plenário da Corte. O Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) também conduz uma investigação sobre o tema. Caso os ministros do TCU entendam que houve prejuízo, os citados na ação serão notificados e deverão apresentar suas defesas em até 15 dias. Se forem condenados, eles deverão devolver os valores recebidos.

Entre os procuradores citados estão Antonio Carlos Welter, que recebeu R$ 506 mil em diárias e R$ 186 mil em passagens; Carlos Fernando dos Santos Lima, que recebeu R$ 361 mil em diárias e R$ 88 mil em passagens; Diogo Castor de Mattos, com R$ 387 mil em diárias; Januário Paludo, com R$ 391 mil em diárias e R$ 87 mil em passagens; e Orlando Martello Junior, que recebeu R$ 461 mil em diárias e R$ 90 mil em passagens.