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O presidente Jair Bolsonaro.| Foto: Marcos Correa/PR

O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta segunda-feira (14), uma liminar para obrigar o presidente Jair Bolsonaro a desbloquear o veículo jornalístico Congresso em Foco no Twitter. Ele preferiu aguardar o posicionamento definitivo do colegiado sobre o tema. O tribunal ainda precisa decidir se autoridades públicas podem bloquear jornalistas nas redes sociais.

Em novembro do ano passado, o assunto chegou a ser pautado no plenário virtual, mas o julgamento foi suspenso por um pedido de destaque do ministro Kassio Nunes Marques para transferir a votação para a sessão por videoconferência, o que ainda não ocorreu. O mandado de segurança distribuído a Toffoli foi apresentado pelo advogado Ronan Wielewski Botelho, criador do Movimento Reforma Brasil, para quem o bloqueio do portal pelo presidente foi "injustificado" e feriu os princípios da publicidade e da transparência estatal.

Um levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) em abril mapeou 100 jornalistas bloqueados no Twitter por autoridades públicas, incluindo políticos e ministros de Estado. Sozinho, Bolsonaro foi a figura política que mais vetou profissionais da imprensa, com 54 casos.