Presidente Jair Bolsonaro chegou a publicar uma mensagem de agradecimento ao grupo na época da invasão.
Presidente Jair Bolsonaro chegou a publicar uma mensagem de agradecimento ao grupo na época da invasão.| Foto: Alan Santos

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorizou a quebra dos sigilos, junto a operadoras de telefonia, de usuários identificados como responsáveis pelo ataque hacker ao grupo virtual Mulheres Unidas contra Bolsonaro durante as eleições de 2018. A página reunia mais de 2,7 milhões de pessoas no Facebook e, na época, teve o nome alterado para Mulheres com Bolsonaro #17. Os responsáveis pela invasão também passaram a compartilhar publicações de apoio à campanha bolsonarista e mensagens ofensivas aos membros do grupo.

A decisão foi tomada pelo ministro Luís Felipe Salomão, Corregedor-Geral da Justiça Eleitoral, na segunda-feira (24). Ele também intimou empresas de telefonia a fornecerem dados cadastrais dos números de telefone identificados pela Polícia Federal e determinou que empresas de tecnologia levantem os registros de acesso ao grupo. Pediu ainda que o Twitter informe, em até cinco dias, o número de IP (código identificação de dispositivos conectados à internet) do celular ou computador usado para publicar, na conta do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), mensagem de agradecimento ao grupo. "Obrigado pela consideração, Mulheres de todo o Brasil!", escreveu Bolsonaro na época da invasão.