A senadora Juíza Selma foi cassada pelo TSE em dezembro, mas Senado ainda não definiu afastamento| Foto: Roque de Sá/Agência Senado
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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), afirmou, nesta quarta-feira (5) que vai submeter a cassação da senadora Juíza Selma (Pode-MT) à Mesa Diretora da Casa, que poderá se manifestar contrária ou favorável ao afastamento da parlamentar do cargo, determinado pela Justiça Eleitoral. A decisão, disse Alcolumbre, será submetida a voto entre os sete integrantes da Mesa Diretora. "Se acontecer de a votação da Mesa não seguir a decisão do Tribunal [Superior Eleitoral], será o primeiro fato concreto em relação a isso", afirmou. Neste caso, pontuou, técnicos do Senado terão de ser consultados para avaliar os próximos passos. Ele declarou que a Mesa "não vai entrar nas minúcias do processo".

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O anúncio de Alcolumbre garante uma sobrevida da senadora Juíza Selma no cargo, cassada em dezembro por caixa 2 e abuso de campanha nas eleições em 2018. Apesar disso, desde então, a parlamentar segue com imóvel funcional, cota parlamentar e um salário mensal de R$ 33,7 mil enquanto aguarda decisão da Mesa Diretora do Senado. Mais cedo nesta quarta-feira (5) a Advocacia do Senado recomendou que a Casa encaminhe imediatamente o afastamento da parlamentar.

Alcolumbre anunciou no plenário o rito de afastamento de Selma, conforme sugestão da Advocacia. O procedimento prevê reunião da Mesa Diretora, prevista para a próxima terça (11) ou quarta-feira (12), designação de um relator para o caso, prazo de 10 dias úteis para a parlamentar se defender, nova reunião da Mesa para tomar a decisão final, comunicação ao plenário e publicação da definição no Diário Oficial do Senado e no Diário Oficial da União.

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O Podemos, partido de Selma, queria que o Senado esperasse eventual recurso da senadora ao Supremo. Em contraponto, a Advocacia citou uma decisão do STF de 2018. Na ocasião, a Corte entendeu que a decisão da Justiça Eleitoral envolvendo registro de candidaturas, cassação de diploma eleitoral ou a perda de mandato será executada após julgamento do TSE, independentemente dos recursos.

No final de janeiro, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, determinou que o terceiro colocado nas eleições em Mato Grosso, Carlos Fávaro (PSD), assuma interinamente a cadeira de Juíza Selma até a realização de novas eleições, em abril. A posse dele, porém, só pode ocorrer após o Senado declarar a vacância do cargo.