O grupo conhecido como “Sintonia Restrita” monitora e planeja ataques contra autoridades no Brasil e executa “missões” sigilosas de alto risco.| Foto: EFE
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De acordo com relatórios da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público de São Paulo (MPSP) obtidos pela Folha de São Paulo, integrantes da maior facção criminosa do Brasil, o Primeiro Comando da Capital (PCC), receberam treinamento de guerrilha do Exército do Povo Paraguaio (EPP), conhecido pelo uso de táticas terroristas na execução de atentados no país vizinho.

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Segundo o documento, foi dessa aliança que nasceu a célula de elite do PCC chamada de “Sintonia Restrita”. O grupo monitora e planeja ataques contra autoridades no Brasil e executa “missões” sigilosas, consideradas de alto risco.

O seleto grupo teria surgido em 2014, após a aliança com o EPP.

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"Um dos pontos estabelecidos nessa aliança estava o treinamento de integrantes do PCC pelo grupo guerrilheiro paraguaio, na qual incluía-se a prática de tiro, conhecimento e emprego de explosivos, táticas e posturas adequadas para a guerra, objetivando qualificar alguns de seus homens para integrar grupos de elite, que seriam empregados em missões específicas, pontuais e que necessitavam de resposta de morte”, diz um trecho do relatório divulgado pela Folha, nesta quinta-feira (7).

Composta por membros da alta cúpula do PCC, entre os planos recentes da Sintonia Restrita está o atentado contra o senador Sergio Moro (União-PR), que foi desarticulado pela PF no começo deste ano. Além do senador, o promotor Lincoln Gakiya, do MPSP, estava entre os alvos do grupo.

O relatório ainda afirma que o grupo chegou a pesquisar os endereços dos presidentes da Câmara e do Senado, Arthur Lira (PP-AL) e Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

"Após a quebra de sigilo de celulares apreendidos, encontrou imagens, com comentários, capturadas na internet no dia 29/11/2022 pelos criminosos que compunham a célula Restrita (espécie de grupo de elite criado para 'situações diferenciadas') do PCC, das residências oficiais dos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados", diz um trecho do relatório.

As descobertas fazem parte das investigações da Operação Sequaz, deflagrada pela PF em março deste ano, quando foi desarticulado o plano contra Sergio Moro.

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Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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