A Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovou, na manhã desta quinta (23), a entrada da Bolívia no Mercosul. Foram 17 votos favoráveis, nenhum contrário e nenhuma abstenção.
O relator Chico Rodrigues (PSB-RR) defendeu a adesão do país ao bloco por, entre outros motivos, “otimizar o comércio e a cooperação” de uma nação que faz mais de três mil quilômetros de fronteira com o Brasil e que tem um PIB (Produto Interno Bruto) de US$ 41 bilhões.
“O país é, ademais, parte das bacias andina, amazônica e platina, e possui significativas reservas de gás e de lítio, bem como de outros minerais de elevado valor estratégico”, reforçou o senador no relatório. Para ele, a entrada da Bolívia no Mercosul vai permitir, ainda, a abertura ou ampliação do mercado para as empresas brasileiras “com a possibilidade de uso de energia mais barata”.
A entrada do país no Mercosul, que já é um membro-associado, é um pleito do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a aprovação foi comemorada pelo ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais.
Ele escreveu pouco depois, nas redes sociais, que a adesão é “mais um passo pela integração regional construída ao longo das últimas décadas e pelo fortalecimento do Mercosul”.
Apesar da aprovação na comissão, a entrada do país no bloco econômico ainda precisa ser aprovada em plenário, e também pelos parlamentos dos outros três países integrantes do Mercosul: a Argentina, o Paraguai e o Uruguai.
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