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Câmara dos Deputados

Comissão aprova moção de louvor a Eduardo Bolsonaro por denunciar “estado de exceção”

Eduardo Bolsonaro se licenciou do cargo de deputado federal e segue nos EUA, após perseguições. (Foto: Bruno Spada/Câmara dos Deputados)

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A Comissão de Relações Exteriores da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (26), uma moção de louvor ao deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A iniciativa, apresentada pelos deputados Zucco (PL-RS) e Mário Frias (PL-RJ), reconhece o trabalho do parlamentar em expor à comunidade internacional a atual conjuntura política brasileira.

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A decisão veio em um momento simbólico, pouco antes da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros aliados réus por suposta tentativa de golpe.

Para o deputado Zucco, líder da oposição na Câmara, a aprovação do requerimento representa um passo importante para alertar o mundo sobre o que ele classificou como “injustiças” e “atropelo da lei” no Brasil. “O mundo precisa saber o que está acontecendo no nosso país. A perseguição política, a instrumentalização das instituições e o cerceamento das liberdades são realidades que não podem ser ignoradas”, afirmou.

Os parlamentares da oposição destacam o papel de Eduardo Bolsonaro na articulação com lideranças estrangeiras e veem a moção como uma forma de dar ainda mais legitimidade às denúncias feitas por ele fora do país. “Precisamos levar essa mensagem aos quatro cantos do mundo, para que saibam da gravidade da situação e das ameaças que pairam sobre nossa democracia. Eduardo é o nosso maior porta-voz no exterior”, declarou Zucco.

A oposição tem reforçado críticas ao que chama de "clima de perseguição política" e "falta de equidade" nas decisões do Judiciário e do Executivo. Com a aprovação da moção, as denúncias poderão ganhar ainda mais força em fóruns internacionais, ampliando o debate sobre possíveis violações de direitos fundamentais no Brasil.

Governistas protestaram contra moção de louvor

O deputado Carlos Zarattini (PT-SP) criticou a iniciativa dos “bolsonaristas” que “conseguiram aprovar na Comissão de Relações Exteriores um requerimento absurdo de moção de louvor ao deputado licenciado Eduardo Bolsonaro”.

“Os bolsonaristas querem homenagear alguém que está ativamente trabalhando contra os interesses do Brasil. Eduardo Bolsonaro está nos EUA não para defender nosso país, mas para conspirar contra a nossa soberania nacional”, escreveu o petista na rede X.

Durante a votação do requerimento, Zarattini orientou contrário ao requerimento e disse que o Eduardo Bolsonaro “se auto-exilou” e “não foi ameaçado de absolutamente nada”. “Ele não teve nenhum tipo de perseguição. Ele tem um mandato soberano que lhe foi dado pelas urnas. E ele não quer exercer esse mandato. Ele prefere ficar fora do país, mas fora para quê? Para articular contra o Brasil, para fazer uma mobilização contra o Brasil, para querer reivindicar dos Estados Unidos uma intervenção no Brasil ou represálias contra o Brasil ou suas autoridades”, declarou.

Em seguida, o petista reforçou que a moção de louvor “não faz sentido”. “Nós não podemos dar louvor a esse tipo de atitude. Não existe de nenhuma forma, possibilidade de estar de acordo com isso”, concluiu.

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