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Comissão de Relações Exteriores vai buscar relação direta com os EUA, diz Filipe Barros

Filipe Barros em entrevista à Gazeta do Povo
O deputado federal Filipe Barros (PL-PR) em entrevista ao programa Café com a Gazeta do Povo (Foto: Reprodução/Café com a Gazeta do Povo)

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O deputado federal e presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (Credn), Filipe Barros (PL-PR), vai buscar um canal de diálogo com os Estados Unidos e tentar discutir as tarifas de Donald Trump que afetam os produtores brasileiros. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (31) em entrevista ao Café com a Gazeta do Povo, programa matinal que estreou nesta semana.

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem patinado na relação com o líder republicano, que retornou à Casa Branca para um segundo mandato em janeiro deste ano. Enquanto não há um diálogo de alto nível entre Brasília e Washington, a Câmara dos Deputados, por meio da Credn, vai buscar essa articulação.

"O governo brasileiro não tem hoje qualquer tipo de diálogo estabelecido com o governo norte-americano. Os próprios funcionários do Itamaraty que estão nos Estados Unidos, nas embaixadas, têm me relatado, não há qualquer tipo de diálogo do governo brasileiro com o governo norte-americano. Nós podemos ajudar nisso", disse Filipe Barros ao novo programa matinal da Gazeta do Povo.

De acordo com o parlamentar, a expectativa, em um primeiro momento, é pedir desculpas ao governo de Donald Trump por declarações de Lula e da primeira-dama, Rosângela Silva, a Janja, que afastaram os dois governos de um diálogo. "O Lula fez uma opção política, se colocou ao lado de Kamala Harris e xingou o presidente Trump de fascista. A sua primeira dama, a senhora Janja, xingou o Elon Musk, que hoje é um dos principais secretários do presidente Trump", relembrou Barros.

Veja a entrevista de Filipe Barros ao Café com a Gazeta do Povo neste link.

Durante a campanha eleitoral para as eleições presidenciais dos Estados Unidos, Lula declarou voto à candidata da oposição de Trump, Kamala Harris. Já a primeira-dama, durante um evento do G20 no Rio de Janeiro, no último ano, utilizou o palco do evento apelidado como Janjapalooza para xingar Elon Musk, que hoje é chefe do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês). "Fuck you, Elon Musk", disse Janja no evento público.

Segundo Barros, ele vai tentar atuar para que a Câmara dos Deputados possa ser um espaço para buscar uma articulação próxima com os Estados Unidos, inclusive para discutir a política tarifária de Donald Trump que já tem afetado produtores brasileiros e mesmo que a Comissão não tenha o papel de solucionar a questão das tarifas, já que isso cabe ao poder Executivo.

Depois que tomou posse, líder republicano tem implementado medidas protecionistas significativas no setor econômico, como a imposição de tarifas de 25% sobre o aço e alumínio importado pelo país. A medida afeta diretamente produtores brasileiros, que são grandes exportadores do produto para o mercado norte-americano. Além disso, há o temor de que novas tarifas de Trump possa afetar o Brasil.

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Filipe Barros assume Credn na Câmara dos Deputados

O deputado federal Filipe Barros foi eleito para assumir a Credn no último mês após o favorito para assumir o colegiado, o também deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), pedir licença temporária do seu mandato parlamentar. A presidência do Partido Liberal na comissão já estava prevista desde a divisão feita pelos partidos da Câmara.

A Credn é vista como estratégica pela direita, que vê na comissão uma oportunidade para defender bandeiras como a soberania nacional além de buscar apoio internacional para pautas que os parlamentares classificam como perseguição política.

Em entrevista à Gazeta do Povo, Filipe Barros declarou ainda que vai buscar articular um maior financiamento para as Forças Armadas, pauta considerada sensível para o governo do presidente Lula; além de denunciar à Organização dos Estados Americanos (OEA) o que ele chamou de perseguição política contra Eduardo Bolsonaro.

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