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João Pedro Stédile, líder do MST, prestou depoimento em CPI
Principal liderança do MST, João Pedro Stédile é um dos alvos de uma série de requerimentos de quebra de sigilo e convocações a serem votados nesta terça (29)| Foto: Myke Sena / Câmara dos Deputados

Em reunião deliberativa da CPI do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) marcada para esta terça-feira (28) na Câmara dos Deputados, os parlamentares votarão um total de 20 requerimentos protocolados por deputados de oposição ao governo Lula (PT).

Dentre eles está a quebra de sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático de João Pedro Stédile, principal liderança do MST. Em 2022, Stédile foi um dos primeiros a anunciar abertamente a retomada de invasões de terra caso Lula retomasse o poder.

O mesmo tipo de requerimento é direcionado ao ex-integrante do MST, atual líder da Frente Nacional de Lutas, José Rainha Junior. O ativista responde na Justiça aos crimes de extorsão e associação criminosa contra produtores rurais da região de Pontal do Paranapanema (SP) entre os anos de 2021 e 2022.

Também constam nos requerimentos pedidos de convocação do diretor da cooperativa Terra Livre, Carlos Pansera, e dos irmãos Edegar Pretto e Adelar Pretto. Como mostrou reportagem investigativa da Gazeta do Povo, o Ministério do Desenvolvimento Agrário transferiu, em março, R$ 200 mil a título de fomento para a Terra Livre, vinculada ao MST. Os recursos foram empregados na compra de carros para a cooperativa.

O petista Edegar Pretto, presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao MDA, é irmão de Adelar Pretto, que era diretor da Terra Livre na época do repasse. A transferência ocorreu uma semana após Edegar assumir o cargo. Segundo os termos do requerimento, os três devem ser convocados para “esclarecer uma série de fatos com suspeita de ilicitude em relação à gestão de recursos púbicos destinados à instituição Terra Livre”.

Uma série de outros militantes do MST e de outros movimentos sociais com linha de atuação semelhante serão alvo dos requerimentos para convocação – dentre eles estão alguns envolvidos em denúncias de agressões, espancamentos e vandalismo contra produtores rurais no extremo sul da Bahia. A Gazeta do Povo fez uma série de reportagens exclusivas denunciando esses episódios.

Renan Filho, ministro dos transportes no governo Lula, também deve ser convocado para prestar esclarecimentos na CPI do MST. Representantes de um banco chamado LeftBank igualmente podem ser convocados para esclarecer a atuação da instituição bancária junto aos movimentos sociais de esquerda, em especial o MST, desde que os requerimentos sejam aprovados.

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