A deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) pediu à Justiça para ter acesso ao inquérito sobre a morte do irmão, Diego Ralf Bomfim, na última semana no Rio de Janeiro. A parlamentar afirmou que o pedido é para que acompanhe as linhas de investigação que estão sendo adotadas para solucionar o crime – uma das hipóteses é de que o médico tenha sido confundido com um suposto miliciano.
“Nossa família, através de nossos advogados, conforme nos autoriza a legislação brasileira, pediu acesso aos dados do inquérito sobre o assassinato do Diego para que possamos ter conhecimento sobre as linhas de investigação, dados e eventuais provas”, disse nas redes sociais neste domingo (8).
Diego foi enterrado na tarde de sábado (7) na cidade de Presidente Prudente (SP). A deputada disse que irá atuar no Congresso para combater a violência promovida por um “poder paralelo muito profundo e estruturado no país”.
Diego e outros dois médicos, Perseu Ribeiro de Almeida e Marcos de Andrade Corsato, estavam no Rio para participar de um congresso internacional de medicina, e foram mortos na madrugada de quinta (5) em um quiosque na praia da Barra da Tijuca, em frente ao hotel em que estavam hospedados.
Um outro colega de profissão deles, Daniel Sonnewend Proença, sobreviveu ao ataque e segue internado.
Horas depois, já à noite, a polícia encontrou quatro corpos que seriam de supostos traficantes suspeitos de serem os autores do ataque. O governador do Rio, Cláudio Castro (PL-RJ), afirmou que, mesmo após o “pseudo tribunal do tráfico” condená-los, as investigações seguiriam para conter o que ele chamou de “máfia” que age na cidade.
“As investigações continuam. Não iremos parar por aqui. Não é porque se acharam corpos que as investigações vão parar. As investigações vão ser ampliadas, vão continuar. Não retrocederemos um milímetro sequer para essas máfias”, disse.
Já o secretário-executivo do Ministério da Justiça, Ricardo Cappelli, afirmou que o governo vai reforçar a segurança pública do Rio de Janeiro com a retomada da Missão Suporte, uma força-tarefa que foi utilizada pouco antes da realização dos grandes jogos esportivos, como a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. Na ocasião, a ação levou à criação das UPPs, as Unidades de Polícia Pacificadora.
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