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Procurador Deltan Dallagnol, ex-chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.
Procurador Deltan Dallagnol, ex-chefe da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

O procurador Deltan Dallagnol, ex-coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Ministério Público Federal (MPF) do Paraná, disse que discorda da decisão do ministro do STF Edson Fachin de anular as condenações do ex-presidente Lula. Mas Deltan também elogiou Fachin: "É uma pessoa extremamente honesta, técnica e dedicada, qualidades que reflete em suas decisões. Essa decisão, no entanto, me surpreendeu". As declarações de Deltan foram dadas em entrevista publicada neste sábado (13) pelo portal UOL.

O procurador disse discordar da tese de Fachin de que a 13.ª Vara Federal de Curitiba não é o juízo competente para julgar Lula (o ministro do STF entendeu que os casos não tinham relação com o esquema de corrupção da Petrobras investigado pela Lava Jato). Mas Deltan fez uma ponderação: "Se a Segunda Turma [do STF, onde tramitam os casos da Lava Jato] fosse feita de Fachins, essa decisão não teria acontecido, porque ele aplicou um entendimento majoritário da turma, em que ele ficou vencido e de que pessoalmente discorda".

Na entrevista, Deltan disse ainda temer que os casos da Lava Jato possam prescrever e que a entrada do ex-juiz Sergio Moro no governo do presidente Jair Bolsonaro "alimentou narrativas equivocadas" sobre a Lava Jato.

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