O DEM liberou o voto da sua bancada na eleição para presidente da Câmara dos Deputados. Com isso, os deputados da sigla vão poder votar no candidato de sua preferência. A decisão foi tomada de forma unânime, pela executiva do partido, após reunião realizada na noite deste domingo (31). A eleição do Congresso acontece nesta segunda-feira (1º).
"Em reunião realizada neste domingo (31), a Executiva Nacional do Democratas decidiu assumir postura de independência no processo de eleição da Mesa Diretora da Câmara, sem a formalização de apoio a nenhum dos blocos", disse a sigla em nota à imprensa. "A definição foi tomada pela unanimidade dos membros da Executiva, visando a preservação da unidade partidária", completou.
O encontro da sigla foi convocado pelo presidente nacional do partido, ACM Neto. A decisão representa uma derrota para o atual presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e para o seu candidato, o deputado Baleia Rossi (MDB-SP), que contava com o apoio do DEM. Do outro lado, representa uma vitória para Arthur Lira (PP-AL), líder do Centrão e candidato apoiado pelo Palácio do Planalto.
O DEM tem 31 deputados com mandato na Câmara. Perde somente para o PT (53) e para o MDB (33) e empata com o PSDB (31). O líder do partido na Casa é o deputado Efraim Filho, da Paraíba.
Partido voltou atrás na véspera da eleição
A decisão do DEM foi tomada na véspera da eleição e representou um recuou. O partido chegou a anunciar apoio à candidatura de Rossi, mas, no decorrer da campanha, diversos nomes ligados à sigla passaram a apoiar o candidato governista Arthur Lira (PP-AL).
Um dos principais expoentes do movimento contra Rossi foi o deputado Elmar Nascimento (DEM-BA). Ele é um dos principais caciques do partido e se sentiu traído por Maia, que não apoiou a sua pré-candidatura e preferiu dar apoio a Rossi, que é do MDB.
Com o partido rachado, a executiva do DEM decidiu liberar sua bancada para votar como achar melhor, o que favorece Lira, que é o favorito para vencer a eleição.
Ex-desembargador afirma que Brasil pode “se transformar num narcoestado”
Contra “sentença” de precariedade, estados do Sul buscam protagonismo em negociação sobre ferrovia
Câmara de São Paulo aprova privatização da Sabesp com apoio da base aliada de Nunes
Lula afaga o MST e agro reage no Congresso; ouça o podcast