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O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, disse que homem que explodiu bombas e morreu na Praça dos Três Poderes, em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira (13), não era conhecido da cúpula do partido e que a esquerda está tentando associar a tragédia aos atos do 8 de janeiro.
“Não conhecemos a pessoa. Ele foi candidato nosso em 2020. Estão querendo juntar com 8 de janeiro, não tem nada a ver. O Bolsonaro nem estava em 2020 no PL”, disse Valdemar à CNN Brasil.
De acordo com informações passadas à imprensa pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o homem que explodiu bombas e morreu na Praça dos Três Poderes, em frente ao prédio do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, tratava-se do chaveiro Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos.
Francisco foi candidato a vereador em 2020 pelo PL em Santa Catarina. Ele disputou a eleição com o nome de urna Tiu França, em Rio do Sul (SC), mas não foi eleito. Na época, o ex-presidente Jair Bolsonaro era filiado ao PSL.
Presidente do PT tenta associar caso ao 8 de janeiro
Na noite da quarta, mesmo com poucas informações sobre o caso, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou que as explosões remetiam aos atos de 8 de janeiro.
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, já admitiu a possibilidade de o inquérito ser assumido pelo ministro Alexandre de Moraes, no caso de as investigações indicarem conexão com os atos do 8 de janeiro.
"Vou receber o inquérito. Se houver conexão com algum inquérito em curso, será distribuído por prevenção", afirmou Barroso.
Oposição repudia tentativa de associação com o 8/1
O líder da oposição na Câmara, deputado Filipe Barros (PL-PR), compartilhou em suas redes sociais uma nota da liderança repudiando as “narrativas mentirosas que, de forma covarde, tentam vincular o presidente Bolsonaro e a direita brasileira ao autor do trágico episódio registrado em Brasília".
“A esquerda, além de não se compadecer de um suicida, quer usar o corpo morto, ainda estirado no asfalto, para atingir seus objetivos políticos e enterrar o PL da Anistia, demonstrando absoluto desprezo pela dor dos familiares do homem. Em um momento no qual o Brasil clama por união, devemos lutar para que a verdade prevaleça sobre interesses políticos mesquinhos e narrativas distorcidas”, diz outro trecho da nota.
O assessor e braço direito do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Fabio Wajngarten, também comentou sobre o caso nas redes sociais.
“Tem malucos em todos os lugares, em todos os espectros políticos, torcedores de todos os times, de todas as crenças e religiões. Tem de todas as cores, de todos os tamanhos, de todos os sexos, de todas as nacionalidades, de todos os gostos. Tem maluco que prefere facas, tem maluco que prefere bombas. Adjetivar, generalizar e associar é canalhice e perseguição”, disse Wajngarten em publicação no X.