“Estou velho para ter medo”, disse Roberto Jefferson antes de ser preso

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O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson, afirmou antes de ter sua prisão decretada por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que não tinha medo de possíveis retaliações por causa das críticas que vinha fazendo aos ministros do tribunal. A declaração foi dada à revista Oeste em entrevista concedida na quinta-feira (12) e publicada nesta sexta (13).

“Estou velho para ter medo. Já passei por tudo na vida, já estive perto de morrer, já fui preso. Eles é que precisam temer. A arrogância que exibem depõe contra eles”, disse à Oeste.

Na mesma entrevista, Jefferson falou que os ministros do Supremo “são lobistas da pior qualidade”. “Com esse Supremo, repete-se no Brasil o que ocorreu na Venezuela. O STF está prendendo conservadores, defraudando eleições e soltando criminosos”, afirmou.

O ex-deputado defendeu, logo depois, a invocação do artigo 142 da Constituição para uma intervenção das Forças Armadas contra o STF. Chamou o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de “pocilga” e “ninho de corruptos”. Segundo Jefferson, os ministros do TSE “decretaram sigilo, apagaram as provas e não querem a divulgação do inquérito” que apura fraude nas eleições em 2018, e por isso teriam instaurado o inquérito contra o presidente Jair Bolsonaro.

Também na entrevista à Oeste, Jefferson faz insinuações sobre a advogada Viviane Barci de Moraes, mulher de Alexandre. “É a advogada de maior sucesso em Brasília hoje. Ela era piloto de fogão em São Paulo, cozinheira. Quando o maridão foi nomeado ministro, ela abriu um escritório em Brasília. (…) E não há quem entre no escritório dela que gaste menos de R$ 2 milhões. É R$ 1 milhão na entrada e R$ 1 milhão no sucesso. E ela ganha todas as causas”, afirmou Jefferson à Oeste.

O ex-deputado ainda ironizou Viviane chamando-a de “Rui Barbosa reencarnado”. “É a maior jurista de Brasília. Aliás, do Brasil.”

Jefferson também afirmou à Oeste que a disputa da eleição presidencial de 2022 “será Bolsonaro versus Lula”. “Não há outro nome que tenha condição de surgir. A luta política de 2022 será do bem contra o mal.”