Alvo da operação da Polícia Federal (PF) deflagrada na semana passada contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados por suposto envolvimento nos atos do 8/1, o coronel do Exército, Marcelo Costa Câmara, pediu a revogação da prisão. A defesa de Câmara também pediu o afastamento do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.
“Não há nos autos, ainda que minimamente, qualquer evidência de que o agravante [Marcelo Câmara] se valeu de sistemas informatizados oficiais ou, ainda de forma paralela e/ou ilegal, conforme levianamente apontado — para o monitoramento de uma ou várias autoridades”, argumenta a defesa do ex-assessor de Bolsonaro.
Câmara foi preso na quinta-feira (8) junto com outros militares e o ex-assessor de assuntos internacionais de Jair Bolsonaro, Filipe G. Martins.
Ao solicitar o afastamento de Moraes, a defesa de Câmara disse que o ministro não pode julgar o caso, uma vez que é parte interessada. Moraes tem se colocado como vítima dos supostos planos de “golpe”.
"Haja vista o flagrante impedimento da mencionada autoridade [Alexandre de Moraes] para a realização de quaisquer atos decisórios no presente feito, por ter interesse direto no deslinde processual”, afirma o advogado do militar, Luiz Eduardo Kuntz.
Marcelo Câmara também é citado nos inquéritos que apuram a suposta venda de presentes oficiais da gestão passada e a suposta fraude nos cartões de vacina da família do ex-presidente.
Na quarta-feira (14), a defesa de Bolsonaro também pediu o afastamento de Moraes.
"Uma narrativa que coloca o ministro relator no papel de vítima central das supostas ações que estariam sendo objeto da investigação, destacando diversos planos de ação que visavam diretamente sua pessoa", disse a defesa do ex-presidente.
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