O ex-ministro Geddel Vieira Lima, que foi flagrado com R$ 51 milhões escondidos em um apartamento em Salvador, em 2017, admitiu que o dinheiro seria usado para a campanha eleitoral ao governo da Bahia em 2018. A declaração foi dada a um podcast e divulgada neste final de semana pela revista Veja.
De acordo com o ex-ministro, que ocupou a pasta da Integração Nacional no governo Lula 2 (PT) e a Secretaria de Governo no de Michel Temer (MDB), disse que cometeu um “grave equívoco” e que está “pagando o preço” por ter armazenado o dinheiro em um apartamento alugado em seu nome. Geddel, no entanto, não revelou a origem dos recursos ou os eventuais destinatários.
“Eu reconheço que meu grave equívoco foi ter colocado o desejo de chegar a governador da Bahia acima dessa visão. Estou pagando o preço. [...] Qual era a alternativa? Ia ter que chamar 500 pessoas aqui para se explicar. Eu não queria isso, não quero isso e vou morrer sem querer. Deixa eu continuar carregando aquilo que meu destino, a circunstância e a inabilidade colocaram sobre meus ombros”, disse na entrevista.
Geddel também disse ao podcast que pode voltar à política mesmo com a condenação pelo dinheiro encontrado pela polícia. Ele fez um paralelo à situação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que também foi preso e voltou ao Palácio do Planalto.
“Cabe ao eleitor julgar se quer ou se não quer. Lula passou 580 dias no xilindró. Às vezes me perguntam: ‘qual a diferença sua para Lula?’ Passamos no mesmo hotel”, disse se referindo à prisão.
Geddel foi preso em 2017 durante a Operação Cui Bono, desencadeada a partir da delação do doleiro Lúcio Funaro. No mês seguinte, a Polícia Federal aprendeu oito malas e quatro caixas com dinheiro em espécie durante a Operação Tesouro Perdido.
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