Deputados da oposição pretendem denunciar José Genoino por fala que defende boicote a empresas ligadas à comunidade judaica.| Foto: Alex Silva/PT
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O boicote defendido pelo ex-presidente do PT, José Genoino, a empresas comandadas por judeus ou vinculadas ao estado de Israel gerou forte repercussão entre parlamentares de oposição ao governo. O petista fez a declaração ao participar de uma live, neste final de semana, em um site que também apoiou um corte nas relações comerciais na área de segurança entre o Brasil e o Estado israelense.

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A fala, que gerou denúncia do deputado estadual Guto Zacarias (União-SP), de São Paulo, à Procuradoria da República do estado, foi criticada também pelo vice-líder da oposição na Câmara dos Deputados, Maurício Marcon (Podemos-RS).

Para o parlamentar, o PT “repete os mesmos passos antissemitas feitos por Hitler e seu partido nos anos 30, ao primeiro indicar um boicote aos judeus, o próximo passo foi prendê-los e depois matá-los”.

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“Acusam a direita de ser extremista e fascista mas quem tem atos de perseguição e ódio iguais aos nazistas e fascistas da década de 30 é a turma do PT e seus partidos satélites”, disse à Gazeta do Povo.

O coro foi engrossado pela deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), que classificou as falas de Genoino como “racistas e antissemitas” contra Israel e o povo judeu. Ela afirmou que vai apresentar uma notícia-crime contra o petista por pregar o boicote inclusive às relações comerciais que, diz, somam mais de R$ 4 bilhões – dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) apontam que o Brasil exportou R$ 3,2 bilhões ao longo de 2023 (veja na íntegra).

“Vem o Genoino numa total irresponsabilidade e falta de diplomacia, e uma fala criminosa acima de tudo racista e antissemita já prevista no Código de Processo Penal. [...] Lula tem sido um anão diplomático, o que ele tem feito está prejudicando o país, nossas relações comerciais contra os países”, disse repudiando as falas do antigo dirigente petista.

Na mesma linha seguiu o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP), que considerou a fala de Genoino como “absurda” e que “não pode ser tolerada numa democracia”. “O boicote a lojas de judeus foi uma das medidas antissemitas que antecederam o holocausto. Essa pregação de ódio contra os judeus não pode ser tolerada. Genoíno precisa ser responsabilizado pelos seus atos”, ressaltou.

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Para o senador Rogério Marinho (PL-RN), a posição de Genoino em boicotar empresas ligadas à comunidade judaica “nada é mais parecido com nazismo”, feito por uma “maioria da esquerda brasileira. Intolerante, preconceituosa e impregnada de uma visão deturpada da democracia liberal”.

“Estão sempre prontos para rotularem adversários de ‘fascistas’ e não se envergonham de propor torpezas”, emendou.

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