O final de semana foi marcado por manifestações nas ruas – especialmente por meio de carreatas – pedindo o impeachment do presidente Jair Bolsonaro e a vacinação em massa da população contra a Covid-19. Os atos ocorreram em todas as regiões do Brasil, incluindo 24 capitais e o Distrito Federal.
No sábado (23), os protestos foram organizados por partidos de oposição ao governo federal, como PT e PSOL, por centrais sindicais, como Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Conlutas, e por demais grupos ligados à esquerda, como Brasil Popular e Frente Brasil Sem Medo. Além do impeachment do presidente da República, as mobilizações também tiveram como bandeiras o enfrentamento da crise sanitária, com vacinação para toda a população brasileira; ampliação de recursos para o Sistema Único de Saúde (SUS); e defesa das medidas de distanciamento social. Os manifestantes também protestaram contra o teto de gastos e as reformas estruturais, e até mesmo outros temas como racismo e machismo estiveram presentes nos atos.
Buscando reduzir os riscos de contaminações, a maioria dos protestos ocorreu por meio de carreatas, porém também houve “bicicletaços” e atos de pedestres nas ruas, com os manifestantes carregando bandeiras com dizeres como “Fora Bolsonaro”, “Viva o SUS” e “Vacina para todos”, além de faixas de partidos políticos e movimentos sociais. Em algumas cidades, pessoas nas janelas e sacadas endossaram os protestos.
Grupos do 'Fora Dilma' fazem carreatas pedindo 'Fora Bolsonaro'
Neste domingo (24) foi a vez do Movimento Brasil Livre (MBL) e do Vem Pra Rua protestarem contra o presidente da República. Os atos ocorram em cidades como São Paulo, São José dos Campos, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Cuiabá e Belém, e tiveram como pauta central o impeachment de Jair Bolsonaro.
Em São Paulo, a fila de carros saiu da Praça Charles Muller, no Pacaembu, e passou pela Avenida Paulista até chegar ao Parque Ibirapuera. Segundo os organizadores, cerca de 500 carros participaram da manifestação.
Para o MBL, Bolsonaro foi "um dos maiores estelionatos eleitorais da história". "O ato de hoje foi revestido de simbolismo", disse o coordenador nacional do MBL, Renan Santos. "Fizemos o mesmo trajeto do primeiro ato contra (a ex-presidente) Dilma (Rousseff, PT), dia 1ª de novembro de 2014. Desta vez, de carro. Pedimos o impeachment na Praça das Bandeiras, tal qual em 2014".
MBL e Vem Pra Rua estavam entre os movimentos que encabeçaram os protestos contra Dilma, afastada da Presidência em 2016. Durante o ato deste domingo em São Paulo, os grupos compartilharam nas redes sociais a hashtag #DireitaQuerForaBolsonaro.
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