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O Gabinete de Segurança Institucional (GSI), órgão ligado à Presidência da República, dispensou por escrito um pelotão de 36 agentes de segurança do Batalhão da Guarda Presidencial cerca de 20 horas antes da invasão e dos atos de vandalismo registrados nas sedes dos Três Poderes no último domingo, em Brasília. As informações foram publicadas nesta quinta-feira (12) pelo Estadão.
Segundo a publicação, no sábado (7) o batalhão especial reforçou a segurança do Palácio do Planalto. Porém, no domingo (8), dia das manifestações, o prédio permaneceu com a segurança normal, sem o efetivo de apoio e praticamente desprovido de equipamentos para controle de distúrbios, como escudos, bombas de gás e balas de borracha.
Apenas no começo da tarde daquele dia, por volta das 15 horas, quando as invasões tiveram início, foi que o Comando Militar do Planalto (CMP) entrou em contato com o GSI para que o pelotão fosse reenviado ao local. No total, foram encaminhados três despachos ao longo daquele dia pedindo o reforço nas equipes de segurança, quando então foram encaminhados 113 militares do Exército ao local. Posteriormente foram enviados mais 93 e depois 118 militares para proteção dos prédios.
O general Marco Edson Gonçalves Dias foi nomeado pelo presidente Lula (PT) para assumir o GSI. O governo federal afirma que as falhas foram do governo do Distrito Federal e decretou a intervenção na área de segurança pública.
Na avaliação dos aliados de Lula, Gonçalves Dias subestimou os monitoramentos do setor de inteligência, que já havia detectado ameaças dos manifestantes durante a semana da invasão. Para essa ala do governo, o general da reserva deveria ter reforçado a equipe de segurança do Planalto durante todo o final de semana.
GSI nega que tenha reduzido reforço na segurança
Um dia após ser procurado pela reportagem da Gazeta do Povo, o GSI encaminhou uma nota negando que tenha dispensado o reforço da guarda antes da ação dos manifestantes. O órgão afirma que essa tropa permaneceu em prontidão no Batalhão da Guarda Presidencial.
"Cabe ressaltar ainda que a guarnição de serviço já estava reforçada com a tropa de choque do Batalhão da Guarda Presidencial, compatível com as informações disponíveis naquele momento. Também, o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República reitera que os reforços da tropa de choque que estavam em prontidão, aquartelados no Batalhão da Guarda Presidencial, foram solicitados assim que ficou demonstrado o caráter violento dos agressores", diz o GSI.
"No tocante à informação de que “os militares do Batalhão da Guarda Presidencial não tinham equipamentos para controlar distúrbios civis, como escudos, bombas de gás e balas de borracha, contando majoritariamente com fuzis com munição letal”, isto é inverídico, pois a tropa de choque do Batalhão da Guarda Presidencial é dotada, também, de armamentos e equipamentos menos letais", afirma a nota encaminhada para a reportagem.
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