Ministro ainda criticou comentários sobre vitalidade de Lula para concorrer a um quarto mandato.| Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil
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O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, confirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será candidato à reeleição em 2026, e que pode assumir o cargo de coordenador da campanha do petista.

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Lula ainda não confirmou publicamente que disputará um quarto mandato, mas vem dando sinais cada vez mais fortes nas últimas semanas dessa intenção. Internamente, a aliados, ele já teria dito principalmente aos partidos que fizeram parte da “frente ampla” que o elegeu em 2022.

“Sim”, disse Haddad ao ser perguntado sobre a candidatura de Lula à reeleição em uma entrevista ao site Metrópoles nesta terça (8).

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Haddad ainda se mostrou incomodado com afirmações de que Lula estaria em uma idade avançada para concorrer novamente à presidência da República. Para ele, o presidente tem uma vitalidade muito diferente do ex-presidente Joe Biden, dos Estados Unidos, a quem se costuma comparar.

“Essa pessoa que compara o presidente Lula ao Biden, com intenção de tentar demonstrar uma fragilidade, deveria acompanhar a agenda do Lula uma semana. Eu recomendo que a pessoa faça isso. Se aguentar, você pode falar se ele está fraco. Eu realmente me impressiono muito com o presidente, é uma pessoa que tem 80 anos, agora em outubro”, disparou.

O ministro afirmou, ainda, que já foi questionado por aliados se pretende ficar no ministério até o final do mandato, sair antes para coordenar a campanha ou mesmo concorrer a algum cargo em São Paulo, e respondeu que não acredita que isso vá acontecer.

Haddad ressaltou que quem manda é Lula, mas que ele gostaria de permanecer no cargo para concluir a agenda econômica que propôs tocar no país.

“Eu poderia assumir função na campanha, não teria problema. Se eu for coordenar a campanha eu não posso ficar [até o final, ou] se eu for coordenar o programa de governo [como em 2018]”, completou.

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Pesquisas recentes de intenção de votos aponta um cenário apertado para Lula na disputa com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e com o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), de São Paulo.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]

Haddad também minimizou os índices de desaprovação ao governo federal, que alcançam 40% segundo o Datafolha, apontando que os dados revelam uma percepção de melhora econômica gradual: 28% dos entrevistados disseram ter percebido melhora na situação financeira recente, contra 33% que afirmaram piora.

Ele atribuiu a imagem negativa do governo, em parte, à atuação ainda limitada da militância petista nas redes sociais. Para ele, o PT “vai perceber que sua sobrevivência depende desse tipo de embate”.